Uma boa notícia para os empreendedores: a partir de agora, empresa de varejo não precisa emitir nota fiscal em papel. As novas regras estão em vigor desde o dia 1º de novembro e são válidas para empresas que faturam entre R$ 1,8 milhão e R$ 3,6 milhões ao ano. Os demais varejistas poderão aderir à novidade a partir de dezembro.
Bem-vindo ao mundo digital
Toda operação de compra e venda no varejo deve, obrigatoriamente, gerar uma nota fiscal de venda. Até então, essa nota deveria ter uma versão impressa. A partir de agora, a nota fiscal eletrônica – conhecida pela sigla NFC-e –, é que assume o posto. Isso significa mais economia e menos burocracia para o lojista.
As empresas do varejo devem utilizar o modelo 65. Na prática, o preenchimento é igual ao da nota fiscal usada até então, a diferença é que agora ela só existe no mundo virtual. A adoção da medida é mais um passo no governo no sentido de eliminar de uma vez por todas a necessidade de uso de papel.
NFC-e agiliza envio de informações
Por meio das notas fiscais eletrônicas, o governo espera obter mais agilidade no processo de recebimento das informações tributárias das empresas. Além disso, todos ficam menos expostos à ação de fraudadores – o que resulta em mais segurança tanto para o varejista quanto para o consumidor.
A NFC-e não é exatamente uma novidade. Ela é o resultado de um processo que começou a ser executado em 2007 com o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e se consolidou em 2013. Agora, o recurso poderá ser utilizado também pelos varejistas, que poderão abolir de forma definitiva a versão em papel. É o fim da necessidade do Emissor de Cupom Fiscal (ECF).
Fiscalização deve aumentar
A utilização de um sistema digital de notas fiscais, por um lado, dará mais agilidade ao trabalho dos varejistas, mas por outro vai requerer deles maior atenção. Isso porque o sistema informatizado estará sujeito a uma fiscalização mais incisiva por parte da Receita Federal e a chance de que irregularidades sejam flagradas aumenta.
Um dos exemplos é o dos arquivos XML correspondentes às notas fiscais eletrônicas. A ausência deles gera multa. As sanções variam de estado para estado. Por isso, verifique junto ao seu contador todos os passos necessários para que a empresa possa regularizar o novo formato o quanto antes. A Secretaria de Fazenda do seu estado também é uma boa fonte de informações.
Vendas móveis devem crescer
Pense na quantidade de benefícios que os smartphones trouxeram para os consumidores a partir do momento que se tornaram populares e acessíveis. Da mesma forma, podemos comparar a entrada das notas fiscais eletrônicas no mercado, uma vez que o número de benefícios compensa o investimento que você fará para a modernização dos seus sistemas.
O primeiro deles é a possibilidade de se fazer vendas móveis, usando um simples celular. Além disso, seus clientes podem receber os cupons fiscais por e-mail, reduzindo os custos com emissão de comprovantes impressos. Por meio de aplicativo, é possível visualizar a DANFe de uma compra, graças a leitura de um QR Code.
Mais vantagens do que desvantagens
No início do processo, muitos varejistas podem até se sentir um pouco desconfortáveis. Afinal, toda mudança nos obriga a deixar a zona de conforto de alguma forma. Por conta disso, é fundamental que nesse momento você esteja cercado por profissionais especializados de forma que essa transição possa ser feita da maneira mais tranquila possível.
Depois que tudo estiver funcionando de forma adequada, certamente você vai perceber que os benefícios advindos dessa novidade são muito maiores. Por isso, dedique-se nesse momento a fazer uma migração segura e aproveite as possibilidades que o ambiente de homologação oferece. Assim, diminuem as chances de erro e seus colaboradores podem se familiarizar com o novo método mais rápido.
Fonte: Sage